segunda-feira, 11 de julho de 2011

Amor próprio e viver comigo


Pois é, ao fim de algum tempo ausente das escritas, eis que voltei! Hoje vou falar um pouco de amor próprio...o meu amor próprio e de como estou a lidar com a solidão...vá lá a aprender a viver comigo e com a minha solidão!!

Já andava para "pôr a escrita em dia" há pelo menos uma semana, pois deparei-me recentemente com desafio pessoal ao nível da saúde que me obriga estar em repouso absoluto :-(, não é que goste, mas tem de ser como me disse o Dr.º Ângelo! Ahh!...Desde já muito obrigada ao Dr.º pelos cuidados que teve comigo e pelos alertas que me deu em relação às atitudes preventivas que devo ter! ;-)

Como ser humano que sou, lá estou a arranjar mais uma desculpa :p lol, fui sempre "arranjando desculpas", auto-sabotagem, muitos de vós sabe ao que me refiro...aquelas desculpas "não tenho tempo", "depois trato disso...", enfim desculpas e mais desculpas para escrever! Até que...hoje,uma amiga do meu peer group, me ligou e disse "afinal quando actualizas o teu blog? Disses-te que fazias! Vamos lá, acede agora e vai escrever uma reflexão pessoal do último post que escreves-te! Quero saber a tua reflexão, estou curiosa!" Ou seja, esta minha grande amiga deu-me a mão e puxou-me, funcionou como uma alavancagem! OBRIGADA Nocas por estares sempre lá! e atenta para que eu não me perca!! ;-)

Então cá vamos nós!!

Estou num processo complicado de reaprender a gostar de mim, amor próprio e de aprender a viver comigo tal como sou! A aprender a aceitar-me e acima de tudo a aprender a estar sozinha!! 

Apesar de estar a aprender a estar sozinha ainda tenho algum pânico!! Ainda me faz muita confusão! É um processo longo do qual tenho plena consciência disso, o que é óptimo!...julgo eu...:p 

Talvez pela minha zona de desconforto total...pânico mesmo, ser ficar/estar sozinha...solidão, eu tenha necessidade constante de estar acompanhada, de conversar incessantemente com as pessoas que amo, mas mais grave do que isso é o facto de eu ter a necessidade de sufocar pessoas que amo com contactos constantes, o que cria em mim uma total dependência desses seres, o que não pode, não pode mesmo acontecer!! Ou seja, as minhas relações, são relações "moda antiga" como diz o post anterior!! Não está de modo algum adaptada aos tempos que correm!! ...........................e fez-se o tlim na minha cabeça!!
 






Já consigo conviver melhor comigo mesma, já sei dar utilidade ao meu tempo...é um desafio longo pelo qual estou disposta a prosseguir! Se for necessário ficar sozinha, pois que assim seja, ficarei sozinha ainda com muito custo, mas sei que a recompensa vai ser brutal, por isso vale a pena! Ah e afinal não vai ter assim tanto custo para mim, porque eu não vou valorizar como antigamente!! hehe lembra-te DB cada "coisa" tem o valor que nós lhe quisermos atribuir!! ;-)

Quero tornar-me num ser humano melhor, independente, ou seja, sem depender de nada nem ninguém! Quero encontrar-me mais comigo mesma, com o meu eu mais profundo, encontrar paz e tranquilidade dentro de mim, para me aceitar mais e não ser tão exigente, "expectativas mínimas". Assim tornar-me-ei mais compreensível comigo e por consequência com os outros, respeitando e aceitando cada pessoa tal e qual como é! ;-)

Quero poder ter relações em que as pessoas sintam prazer em estar ao meu lado por vontade própria, que sintam desejo de estar/falar comigo por iniciativa própria e ser amada tal com sou!

E tal como o texto anterior diz tenho que de me perdoar e aceitar a mim para que me perdoem e aceitem tal como sou!

E para finalizar digo que quero continuar nesta descoberta interior, conversar comigo, conhecer-me e aceitar-me na minha plenitude para ter perfeita noção do valor que tenho sem depender de que os outros me estejam sempre a dizer, sem depender do "avalo" dos outros para dizer ou fazer algo! Amor próprio e confiança em mim!! 



quarta-feira, 23 de março de 2011

"SAWABONA - SHIKOBA"



"Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio.
As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.

O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.
Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher.
Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.
A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante.
Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo.
Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.

Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas.
Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras.
O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração.
Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma.
É apenas um companheiro de viagem.

O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou.
Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.
O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro,
seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.
Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades.
E ela só é possível para aqueles que conseguem trabalhar sua individualidade.
Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.
A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa.
As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.
Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado.
Cada cérebro é único.

Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.
Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.
Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.
Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.
Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo..."


Curisosidade:

                       SAWABONA, é um cumprimento usado no sul da África que significa “Eu Te respeito, eu te Valorizo, você é importante pra mim”.

Em resposta as pessoas dizem:

                        SHIKOBA que significa “Então eu existo pra você”.


 
Flávio Gikovate,

terça-feira, 22 de março de 2011

Valores

Olá bom dia!!

Chegou a Primavera e o sol já espreita...e eu...eu já tinha saudades do sol lá fora, das flores e das novidades que vêm com ela...e os valores para onde ela nos reporta...o amor, o calor, a união, a alegria...é a Primavera!!

Pois é, ontem ao final do dia tive a oportunidade de ver um dos meus programas favoritos na Sic Mulher, o Mais Mulher, e que às segundas-feiras, tem a rubrica Seja muito mais com a fabulosa Cris Carvalho!

O tema de ontem era "O que não pode faltar de forma nenhuma!"

Ou seja, os valores que não podem de modo algum faltar na nossa vida, no nosso dia-a-dia, no nosso local de trabalho, no nosso relacionamento amoroso...para que sejamos felizes!

Posso-vos dizer que tive "montes de insights" ao ver a sua exposição e como tal hoje decidi postar aqui o que ela nos tenta transmitir. Espero que de alguma forma vos possa ajudar também a serem mais felizes e a sentirem-se melhor!




"Escolhemos os nossos relacionamentos e o nosso trabalho baseados em uma escala de critérios e valores.
Todas as nossas escolhas e comportamentos são baseados em nossos critérios e valores, que mudam de pessoa para pessoa.

Por exemplo: evolução pessoal, desafios, sucesso, admiração, horário flexível, boa remuneração, podem ser critérios, mais ou menos importantes, para uma pessoa com relação ao trabalho. Tudo vai depender da hierarquia de valores da pessoa.
Em um outro exemplo: apoio, lealdade, companheirismo, comunicação, paixão, podem ser critérios imprescindiveis para uma pessoa em busca de construir um relacionamento duradouro.

Escolhemos os nossos amigos e marido/mulher, com base em nossos valores e critérios, algumas vezes com mais consciência e outras de forma mais inconsciente, sem nos apercebermos de que estamos sempre em busca de poder criar as circunstâncias ideais para vivermos os valores que procuramos.
Acontece que, se um critério importante for negligenciado em uma escolha, em pouco tempo surgirá o arrependimento, em maior ou menor grau. Se para você o crescimento pessoal é um critério importante no seu trabalho e mantém-se em um emprego apenas pela remuneração, sem existir a possibilidade de crescer ali, haverá problemas mais cedo ou mais tarde.

Se fazemos nossas escolhas baseados em critérios, quando queremos vender algo a alguém, liderar uma equipa, construir relacionamentos duradouros e satisfatórios, devemos antes de mais nada conhecer quais os critérios e valores importantes para as pessoas envolvidas e principalmente para nós mesmos.

Ficará bem mais fácil entender o que realmente esperar de cada situação! E mais, ficará mais claro se este emprego ou esta pessoa é a mais compatível com você, porque se os seus valores não estiverem presentes, nunca será feliz ali!


Pense nisso: VALOR é tudo aquilo que é importante para si. Os seus valores estão na base do seu comportamento e atitudes, fortalecem a estrutura de quem é e direcionam a maneira como procura viver.

Valores são estados de espírito e princípios de acção normalmente abstractos, como por exemplo, honestidade, diversão, partilha, apoio, saúde, realização, respeito e amizade.

Quando um valor faz parte do seu sistema, passa a ser importante que exista tanto em si mesmo quanto nas outras pessoas com quem convive.

Será importante descobrir os seus valores para que os possa expressar livremente na sua vida. Para descobrir os seus valores poderá comecar utilizando as seguintes perguntas:

→ “O que é que é importante para mim agora?”
→ “O que é que realmente interessa nesta situação?”
→ “O que é que isso me vai trazer?”


Os valores podem variar dependendo do contexto. Podemos construir sistemas de valores diferentes para situações diferentes; o que uma pessoa valoriza em um relacionamento pode ser diferente do que ela valoriza por exemplo no seu trabalho. Porém, existe uma tendência para valores centrais que permanecem independentemente do contexto.

Na maioria das vezes em que algo lhe parece inapropriado significa que está incerto quanto ao valor que está na origem de determinada situação ou comportamento. Em outras palavras, sempre que algo lhe parece errado, pode ter a certeza de que um dos valores que preza não esta presente.

Em um processo de Coaching, existe um belíssimo trabalho a ser desenvolvido a volta dos valores e da sua descoberta. Todas as nossas metas e sonhos são gerados por valores; queremos trazer para as nossas vidas os nossos valores mais importantes.
O problema surgirá quando uma pessoa estabelece uma meta e tenta cumpri-la sem respeitar o valor que gerou a sua meta, quando uma pessoa esta a viver um relacionamento que nao permite a presenca dos seus valores, e ainda quando desempenha um trabalho que não proporciona espaço para a vivência dos seus valores vitais.
Sim, valores vitais, em um processo de Coaching, o Coach ira ajudar o seu coachee a descobrir os seus valores vitais para cada área da Vida. Sao aqueles 4 valores que não podem faltar de forma nenhuma, ou nunca será feliz ali. E mais, sao 4 valores, que quando vivenciados, acabam por criar espaço para que os outros valores importantes fluam também!
A descoberta dos seus valores vitais passa por um processo interessantissimo, e a maior parte das pessoas não tem a menor ideia do que realmente as faz feliz!

Uma dica para começar: use as perguntas acima e crie uma lista com os 10 valores que não podem faltar de forma nenhuma em seu trabalho, e outra com os 10 valores indispensáveis no seu relacionamento."


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

"Abrindo mão do Controle"

"Uma das maiores fontes de ansiedade para o ser humano é o desejo de controlar a realidade.


Geralmente tendemos a querer que as coisas se manifestem exatamente da maneira que desejamos ou consideramos ideal. Ocorre que, muitas vezes, aquilo que desejamos, não é o melhor para nós, ou não oferece oportunidades de crescimento e evolução espiritual. Mesmo assim, tentamos forçar os acontecimentos ou entramos num estado de ansiedade e medo, temendo que eles não se concretizem. Esta postura interior só faz retardar a manifestação de nossos desejos.

O controle, aliás, é um dos aspectos do medo, pois queremos manipular as variáveis de uma situação por recearmos que ela se desenvolva da maneira que gostaríamos.Este comportamento, geralmente, se deve ao fato de que somos ensinados, desde pequenos, a "fazer coisas acontecerem". O mundo nos cobra uma ação permanente, afirmando que somente que somente os que correm atrás é que conseguem sair vencedores. Este ensinamento carrega em si a ilusão da onipotência, pois considera que a vida é tecida somente por nossos desejos. É importante, sim, lutarmos para alcançar nossos objetivos e nossa força de vontade tem um papel importante em nossas conquistas. Mas não podemos nos esquecer de que, no Universo, tudo tem um tempo certo para desabrochar, amadurecer, frutificar. Portanto, a ansiedade e a pressa podem, muitas vezes, gerar uns efeitos inversos, fazendo com que o afastemos com a negatividade de nossa mente, o alcance de nossos objetivos.

Muitas vezes, quando as coisas se recusam a acontecer da maneira que esperamos, o melhor é seguirmos uma outra direção, abandonando temporariamente aquela meta. Geralmente, esta atitude acaba levando-nos exatamente a alcançar o que queríamos, mas por atalhos diferentes, que nossa mente, direcionada pelo ego, não conseguiu perceber. É preciso confiar na vida e deixar que ela aponte soluções aparentemente sem saída. Quando nos apegamos obsessivamente a coisas, pessoas ou situações, eliminamos qualquer possibilidade de que o novo, o inesperado e muitas vezes, o melhor, se manifeste. O universo sabe exatamente do que necessitamos, portanto, devemos dar a ele chance de nos prover. Para isto, temos que abandonar a tendência ao imediatismo e desenvolver a confiança e a capacidade de entrega à magia da vida. É preciso lutar, a cada dia, pela certeza de que alcançaremos tudo de que precisamos uma vez que alimentemos em nós a fé e a confiança.

"Numa situação confusa, de perturbação, o que fazer?" Por favor, não faça nada. Você criou uma confusão por causa do seu fazer excessivo. Você é um tamanho fazedor, você confundiu tudo à sua volta – não somente para si mesmo, mas para os outros também. Seja um não-fazedor; isso será compaixão para consigo mesmo. Seja compassivo. Não faça nada, porque com a mente falsa, com uma mente confusa, todas as coisas se tornam mais confusas. Com uma mente confusa, é melhor esperar e não fazer nada de forma que a confusão desapareça. Ela desaparecerá; nada é permanente neste mundo. Você precisa uma profunda paciência. Não seja apressado.

Vou lhe contar uma história:
 
Buda estava viajando através de uma floresta. O dia estava quente. Era exatamente meio-dia e ele sentiu sede; assim, disse para seu discípulo Ananda: "Volte. No caminho nós atravessamos um pequeno riacho. Volte lá e traga um pouco de água para mim". Ananda voltou, mas o riacho era muito pequeno e algumas carroças estavam atravessando-o. A água estava agitada e tinha ficado suja. Toda a sujeira que estava assentada nele tinha vindo para cima e água não era potável agora. Assim, Ananda pensou: "Eu tenho que voltar". Ele voltou e disse: "Aquela água se tornou absolutamente suja e não está boa para beber. Permita-me ir a frente. Eu sei que existe um rio a apenas alguns quilômetros de distancia daqui. Eu irei buscar água para você".

Buda disse: "Não! Volte ao mesmo riacho". Como Buda tinha dito isto, Ananda tinha que seguir a ordem. Mas ele a seguiu sem entusiasmo, pois sabia que aquela água não podia ser trazida. E tempo estava sendo desnecessariamente perdido! E ele estava com sede, mas como Buda disse para ir, ele tinha que ir. Novamente ele retornou e disse: "Porque insiste? A água não está potável". Buda disse: "Vá novamente". E como Buda havia dito para voltar, Ananda teve que ir.
 
 
A terceira vez que ele chegou no riacho, a água estava tão clara quanto ela sempre esteve. A sujeira tinha ido embora, as folhas mortas tinham ido embora e a água estava pura novamente. Então Ananda riu. Ele trouxe a água e veio dançando. Ele caiu aos pés de Buda e disse: "Seus meios de ensinar são miraculosos. Você me ensinou uma grande lição – que apenas a paciência é necessária e que nada é permanente".
E este é o ensinamento básico de Buda: nada é permanente, tudo é transitório – assim por que ser tão preocupado? Volte ao mesmo riacho. Então, tudo deve ter mudado. Nada permanece o mesmo. Apenas seja paciente: vá novamente e novamente. Apenas alguns momentos e as folhas terão ido embora e a sujeira terá se assentado novamente e a água estará pura novamente. Ananda também perguntou a Buda, quando ele estava voltando pela segunda vez: "Você insiste que eu vá, mas eu não posso fazer alguma coisa para tornar aquela água pura?".

Buda disse: "Por favor, não faça nada; do contrário você a tornará mais impura. E não entre no riacho. Apenas fique de fora, esperando, na margem. Sua entrada no riacho criará uma confusão. O riacho flui por si mesmo, assim deixe-o fluir". Nada é permanente; a vida é um fluxo. Heráclito disse que você não pode pisar duas vezes no mesmo rio. É impossível pisar duas vezes no mesmo rio porque o rio fluiu; tudo mudou. E não somente o rio fluiu, você também fluiu. Você também é diferente, você também é um rio fluindo.

Veja a impermanência de todas as coisas. Não tenha pressa; não tente fazer nada. Apenas espere! Espere em um total não-fazer. E se você pode esperar, a transformação estará presente. Este próprio esperar é transformação"
 
Reflexão pessoal:
 
Deixe que o universo decida. Não adianta estar-lhe a exigir algo que não é o que vai acontecer por mais que queiramos!! Não adianta insistir! O que tiver de ser será!!
Deixe que a sua vida flua como a água dos oceanos!
 
 
 
In "O Caminho do meio"_Luciana
Texto enviado por e-mail por Maurício Bittencourt

 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Egoísmo e falta de diálogo nos relacionamentos

"É o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona.

Um sujeito egoísta é aquele que acredita que o mundo, inclusive as pessoas ao seu redor, foram criadas para ele e somente para ele. Uma pessoa egoísta – e todos são em maior ou menor medida – sofrem porque as outras pessoas não correspondem à sua expectativa."



Todos os dias imensos casais se separam e dizem adeus a um relacionamento, a um lar e muitas vezes a uma família.... Porquê tantas separações?

Será egoísmo, imaturidade, decepção por criação de demasiadas expectactivas em relação ao outro, escolhas insensatas...o que será afinal??? 

Um relacionamento amoroso não é um mar de rosas e as estatísticas demonstram que existem muitos "naufrágios amorosos". Mas estatísticas à parte, o que levará uma pessoa a "virar as costas" a um relacionamente muitas das vezes de longos anos?

Será que o namoro, o relacionamento amoroso, o casamento e a família estão em crise? Ou será que o ser humano está muito mais exigente no amor do que no passado?

Actualmente a sociedade é dita novas normas de comportamento, de acordo com as necessidades. do dia-a-dia das pessoas e como tal a pessoa exige muito mais, quer muito mais em muito menos tempo, tem menos paciência, disponibilidade...

Por norma, uma separação não é um mero capricho! Deve ser uma atitude pensada, principalmente quando existe já uma vida em conjunto, filhos, animais...Mas, então quais são os motivos que levam à ruptura de tantas uniões?

Percebe-se, muito claramente, que o egoísmo tem dominando! A cada dia um maior número de pessoas coloca a realização profissional e pessoal em primeiro plano!

São muitos os conflitos que podem provocar uma "crise" num relaconamento, os mais freqüentes são:

· Egoísmo: Faz parte da natureza humana querer dar e receber na mesma proporção. Quando essa troca de afecto, carinho, compreensão, colaboração não acontece na mesma medida, poderá ocorrer o desencanto e a frustração.

· Rotina: Uma relação morna e desinteressante onde não existe esforço de ambas as partes para o fortalecimento, para o reaquecimento do amor, então está dado ao fracasso. É bom sempre lembrar que o outro não tem a obrigação de adivinhar os nossos desejos. Diálogo franco e aberto, amor e muita predisposição são tácticas para "aparar as arestas". Estarmos atentos aos pormenores, ao que o outro diz que quer, gosta, mesmo nós não gostando, devemos realizar, pois também gostamos que façam o mesmo connosco.

· Escolhas insensatas: Quase sempre essas escolhas são feitas pela atração física que está diretamente ligada à paixão. Não basta, é preciso também que haja compatibilidade cultural, que compartilhem sonhos, obectivos, victórias, derrotas, projetos e que acima de tudo se fale de angústias e inquietações.

· Comunicação: A falta de diálogo e a soma dos ressentimentos têm o poder de deteriorar um relacionamento amoroso. É imprescindível sinceridade, transparência e clareza nas palavras para minimizar os conflitos.

· Decepção: No início de uma relação é comum as pessoas darem o melhor de si, de se mostrar como imaginam e gostariam de ser. Com o passar do tempo, o outro passa a ver o ser amado como ele realmente é. Muitas vezes com mais defeitos do que virtudes. Nesta hora é preciso sempre lembrar que a perfeição não existe. Somos seres imperfeitos. É necessário trabalhar a aceitação do outro, para manter um relacionamento harmonioso e feliz. Sim aceitar, ACEITAÇÃO INCONDICIONAL, AMOR! Amar tal e qual como é, com defeitos e virtudes, afinal todos temos!!

Estendes-te um lençol entre nós dois e agora não me podes ver, apesar de continuares ao meu lado...

Deixo uma frase que me tocou imenso e que espero que diga algo também a si:

"Diz-se que o egoísmo não sabe amar, mas também não sabe deixar-se amar." (Astolphe de Custine)



In Wikipédia
In Marlene Heuser, Consultora especialista em Relacionamento Amoroso

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Relacionamentos iguais ao jogo de Tênis e Frescobol

"Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: há os casamentos do tipo Tênis e há os casamentos do tipo Frescobol.

Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam mal. Os casamentos do tipo Frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa. Explico-me.
 
Para começar, uma afirmação de Nietzche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: "Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta:
"Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice?"
Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.

Sherezade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, e terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme O Império dos
Sentidos. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, Sherezade o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da
eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer. Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras.

E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes. Fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo:

"Eu te amo". Barthes advertia: "Passada a primeira confissão, eu te amo não quer dizer mais nada". É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: "Erótica é a alma".

Tênis é um jogo feroz. O objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: O outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada. Palavra muito sugestiva - que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.


Frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra. O erro de um, no frescobol, é um acidente lamentável que não deveria ter acontecido. E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...

A bola: são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá....

Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão.. O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.

Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.

O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres ao vento. Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha, para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim..."


por Rubem Alves - educador, escritor, psicanalista e professor emérito da Unicamp.


Reflexão Pessoal:

Eu quero muitas bolhinhas de sabão tuas...forever <3<3<3


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Alterar estados emocionais...






"A Psicoterapia tem como finalidade última, no seu sentido mais prático, a mudança.

Mas quando falamos de mudança esta não é simplesmente a exterior. Quando uma pessoa está com um bloqueio na sua vida, um problema, seja ele de que ordem for, geralmente já ouviu mil conselhos de pessoas a dizerem “Muda!”, “Parte para outra!”, “Tens que esquecer isso!”, “Águas passadas não movem moinhos!”, “Prá frente é que é o caminho!”, “Tens de ser forte!”, “Pensa positivo!”, e.t.c ...

Mas mudar não é assim tão fácil... Se fosse não seria necessário muito do trabalho psicoterapêutico. A mudança exterior não deve ser feita de forma impulsiva e descontextualizada, mas deve sim obedecer a uma inicial e fundamental consciencialização interior. Primeiro é fundamental sabermos onde estamos para percebermos para onde queremos ir...

Mudar interiormente significa mergulhar e sentir os nossos estados emocionais, vivenciá-los, habitá-los, conhecê-los, aceitá-los, ouvi-los. Mudar significa perceber interiormente as emoções que não estão a ser vividas, que estão a ser mascaradas por outras, impedindo a harmonia e o fluir emocional, provocando bloqueios, estados de ansiedade, estados depressivos, revoltas, agressividades, manfestações somáticas e outros problemas.

É portanto fundamental chegar às emoções e trabalhar estados emocionais.

Ora o Psicólogo Clínico é justamente esse especialista no trabalho emocional. O conforto, a intimidade e a cumplicidade de um consultório de psicologia são factores fundamentais para a livre expressão e desbloqueio de estados emocionais.
Os nossos amigos, por muito amigos que sejam não têm ferramentas nem conhecimentos, para compreender a complexa dinâmica emocional que está por detrás de qualquer pessoa, de qualquer discurso, de qualquer gesto, expressão corporal, olhar.
Por tal motivo se deve fazer Psicoterapia, para chegar às emoções com um especialista da mudança interior e consequentemente exterior e esse especialista é o Psicólogo Clínico."

Para mim uma grande ajuda para conseguirmos a mudança é fazendo coaching. Mais do que qualquer psicoterapeuta, o coach (treinador, numa tradução à letra) encoraja e/ou motiva o seu cliente/amigo, procurando transmitir-lhe capacidades ou técnicas que melhorem as suas capacidades profissionais ou pessoais, visando a satisfação de objectivos definidos por ambos, considerando idéias como a de que o simples facto de compartilhar pensamentos/idéias que estão soltos e poder organizá-los, transformando numa meta desafiante com num Plano de Acção pode levar a concretizar projectos, objectivos e  sonhos.

Durante o processo de coaching, o foco está no presente e no futuro, Ponto A (onde estamos) e Ponto B (para onde queremos ir) e o coach trabalhará para manter o coachee em ação para que, no final, ele realize tudo ao que se propôs.

No fundo o coach vai apoiar / guiar o coachee a actingir e até a superar todos os objectivos a que se propõs de uma forma eficaz e satisfatória, sem que este se sinta desmotivado/"cansado" a "meio do percurso".

Acabando este post tal como comecei, alterando apenas uma palavra: Coaching "tem como finalidade última, no seu sentido mais prático, a mudança."

Aceite, Arrisque, mude e seja feliz!