terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"A história do Homem que não se irritava"


"Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém.
Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas.
Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido.
Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar.
Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião.
Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, que o homem gostava muito.
A garçonete chegou próxima a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa.
Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi embora para outra mesa.
Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse.
Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o.
Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma, como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha.
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído.
Todos observavam discretamente, para ver sua reação.

Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse:
- O que o senhor deseja?
Ao que ele respondeu, naturalmente:
- A senhora não me serviu a sopa.
Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o:
- Servi, sim senhor!
Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos...
Todos pensaram que ele iria brigar... Suspense e silêncio total.

Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranqüilamente:
- A senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!
Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar, convencidos de que nada mais faria com que aquele homem perdesse a compostura."

Pois é!!! Bom mesmo era se todos agissemos sempre assim, com discernimento em vez de reagirmos com irritação e impensadamente! Afinal não ganhamos nada com isto e não!!!
Para este homem não era importante quem tinha razão e sim evitar as discussões desgastantes e improdutivas. Quem age desta forma, só sai a ganhar, sempre, pois não se desgasta com emoções e sentimentos menos bons e que podem causar sérios problemas de saúde ou acabar em desgraça.

Muitas discussões surgem motivadas por pouca coisa, por coisas que não fazem sentido, mas que se avolumam e se inflamam com o calor da discussão, porque as pessoas preferem não levar o desaforo para casa, mas levam-no para a prisão, para o hospital ou para o cemitério!!! Outras encontram uma saída inteligente como fez o homem no restaurante, da qual eu concordo plenamente!

Daí a importância de aprender a arte de não se irritar, de deixar por menos, há coisas e pessoas que não merecem, já dizia a minha amiga TS! Obrigada, muito obrigada mesmo por este ensinamento TS!!!


"A pessoa que se irrita aspira o tóxico que exterioriza em volta, e envenena-se a si mesma." - Luciana Vieira

Eu prefiro ser feliz a ter razão!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.