quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Gratidão


É o acto de usufruir simplesmente o que se tem e do que se pode!

É também o acto de agradecer e reconhecer alguém por um algo de bom que nos prestou, um ensinamento, uma ajuda, um favor...É reconhercer que outras pessoas contribuiram para a nossa felicidade, para a nossa satisfação, vitória! Falo de humildade! Humildade que "obriga" a reconhecer a outra pessoa pela nossa alegria. É de certa forma dedicar, compartilhar o que se recebeu. Reconhecer o que nos foi dado.
É fazer sem esperar nada em troca. Isto simplesmente, porque a gratidão do outro não depende de nós! 

Segundo Comte-Sponville:

“Agradecer é dar; ser grato é dividir. Esse prazer que devo a você não é apenas para mim. Essa alegria é a nossa. Essa felicidade é a nossa. O egoísta pode regozijar-se em receber. Mas seu regozijo é seu bem, que ele guarda só para si. Ou, se o mostra, é mais para fazer invejosos do que felizes: ele exibe seu prazer, mas é o prazer dele. Já esqueceu que outros têm algo a ver com isso. Que importância têm os outros? Por isso o egoísta é ingrato: não porque não goste de receber, mas porque não gosta de reconhecer o que deve a outrem, e a gratidão é esse reconhecimento, porque não gosta de retribuir, e a gratidão, de fato, retribui com o agradecimento, porque não gosta de partilhar, porque não gosta de dar. (...) O egoísta é incapaz disso, pois só conhece suas próprias satisfações, sua própria felicidade, pelas quais zela como um avaro por seu cofre. A ingratidão não é incapacidade de receber, mas incapacidade de retribuir – sob a forma de alegria, sob a forma de amor – um pouco da alegria recebida ou sentida.” (2000, p.146)

"Ser grato, em seu sentido mais virtuoso, é dar valor ao que se tem. E para isso é preciso ter olhos para o que já existe. É o prazer pelo que é simples e somente nosso, Somente nosso, porque ninguém mais dá valor. Ou melhor, ninguém mais sabe o valor que aquilo tem", porque é nosso!

Comte-Sponville, a gratidão “se rejubila com o que deve”.

A ti te agradeço! Pela tua companhia desta noite, pelo carinho que me dás quando me falas, por tudo o quanto de bom me des-te, pelos ensinamentos, por tudo, mesmo tudo e que na altrura certa não soube reconhecer! Desculpa-me! Perdoa-me! OBRIGADA! MUITO OBRIGADA!!! Agora faço tudo para te agradecer pessoalmente! Dás-me esta oportunidade? Farei tudo para isso!*****



Referências

Comte-Sponville, A. (2000). Pequeno tratado das grandes virtudes. São Paulo: Martins Fontes.
 
Comte-Sponville, A. (2004). Dicionário Filosófico. São Paulo: Martins Fontes.

Russell, B. (2001). A conquista da felicidade. Lisboa: Guimarães Editores.

Wikipédia

 

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